Uma audiência pública vai debater os impactos da reforma da previdência na vida dos trabalhadores. O evento será no próximo dia 10/06/19, no plenário da Câmara Municipal de Vitória, foi proposto pelo vereador Leonil (PPS) a pedido das centrais, federações e sindicatos trabalhistas.
De acordo com o presidente da FETRAEE/ES e do SindEducação/ES, Edson Gomes, “é necessário debater a reforma da previdência porque o governo quer passar a informação de que se não aprovar o Brasil vai quebrar, isso é terrorismo, a proposta da nova reforma tem um cunho de concentração de renda, altamente excludente e uma afronta à Constituição Federal de 1988 que tem um caráter solidário de proteção social a indivíduos expostos à vulnerabilidade. Pensar em uma reforma motivada pela evolução do perfil etário do Brasil, pelo envelhecimento da população é uma coisa, mas quebrar o caráter da nossa Previdência Social é outra coisa. Precisamos nos posicionar, porque a reforma da previdência faz parte do pacote de enfraquecimento dos direitos trabalhistas e a capitalização individual vai render uma fortuna para o setor financeiro”.
“A nova previdência como é chamada pelo governo não combate os privilégios porque a reforma não mexe com empresas que lucram muito e pagam pouco INSS”, informou o presidente do Sinpro/ES, Juliano Pavesi.
“Precisamos alertar os trabalhadores para entenderem o que está em jogo. O governo diz que sobra muito pouco do orçamento para investir nas áreas fundamentais, mas a verdade é que o Brasil gasta cerca de 44% do orçamento com juros e amortização da dívida pública, dados de 2017, enquanto que a despesa com a Previdência Social foi de 22,4%”, informou o presidente da CTB, Jonas Rodrigues de Paula.
O preponente da audiência convidou o Ministério Público, a OAB, deputados federais e senadores da bancada capixaba para discorrer sobre o assunto com o público presente. “É importante a participação de todos para conhecermos e debatermos as mudanças radicais que estão sendo propostas na Reforma da Previdência”, convoca Leonil.
A data do evento, uma segunda-feira, não conflita com as datas das sessões ordinárias da Câmara dos Deputados e Senado.